O audiovisual imersivo nas obras de arte 'The Visitor' e 'Figuras na Paisagem': processos poéticos de criação a partir da evolução do aparato visual

Este artigo analisa a expansão do cinema por meio da imersão e interatividade em espaços expositivos, como museus e galerias, focando na evolução dos aparatos de mediação impulsionada pelo avanço da tecnologia digital. Assim, nos propomos a investigar como as obras The Visitor (2001) de Luc Courchesne e Figuras na Paisagem (2010) de André Parente exemplificam o cinema híbrido ao mesclarem o audiovisual com outras linguagens artísticas, promovendo experiências interativas e imersivas. Baseando-se em autores como Cesar Baio (2015), Natalia Aly (2021) e Philippe Dubois (2009), a pesquisa explora como esses aparatos tecnológicos reconfiguram a relação entre o espectador e a obra, transformando-o em participante ativo no desenvolvimento narrativo. O estudo observa que, com os novos dispositivos digitais, o cinema transcende a narrativa linear, criando espaços onde a imagem em movimento se combina com o ambiente e a interação do público, ampliando as fronteiras do “cinema de exposição” e propondo experiências sensoriais que envolvem o espectador de maneira única.