MORBIDADES E SUA ASSOCIAÇÃO COM HÁBITOS DE VIDA NA GESTAÇÃO.

Morbidities and their association with life habits in pregnancy.

Introduction: Pregnancy is characterized by physical and physiological adaptations can cause morbidities (considered by musculoskeletal discomfort, respiratory affections, hypertension and diabetes) and influence the activities of daily living. Objective: To determine the prevalence of musculoskeletal discomforts and its association with lifestyle habits in pregnant women. Methods: Cross-sectional study approved by the Research Ethics Committee in the Universidade do Sagrado Coração (Parecer 1.079.211), with 245 women in the second and third trimesters of pregnancy, from 2010 to 2015. A questionnaire with demographic (name, age, race, marital status, occupation, education and income), obstetrical (gestational age and method of delivery), symptoms of musculoskeletal discomforts (occurrence type, location, intensity and duration) and lifestyle data (smoking, alcohol consumption and physical activity) was applied. A descriptive statistical analysis with absolute and relative frequencies was performed. The associations between the prevalence of discomforts, the demographic and socioeconomic data were performed using the chi-square test (5% level of significance). Results: Average age (25,4 ± 6,4 years old) and gestational age (24,5 ± 9,4 weeks). The majority of the pregnant women were white (49,6%), in a stable relationship (57,1%), with up to eight years of schooling (51,0%), working as housewives (62,0%), an income of 1,18 times the minimum wage (49,4%), pregnant for the first time (43,3%), practiced physical activities before the pregnancy (51,4%), sedentary during the pregnancy (75,1%), and smokers (13,5%). Symptoms of musculoskeletal discomforts were reported in 86.1% of them, characterized as pain (49.4%), in lower back (51,4%), daily occurrence (47,4%) during the day (32,2%). There was an association between musculoskeletal discomfort with alcohol consumption (p= 0,035) and physical activity before pregnancy (p= 0,043). As well as association between the presence of respiratory issues with smoking (p= 0,000), and the presence of diseases with the use of medication (p= 0,000). Conclusion: The findings show that musculoskeletal discomfort was reported in most pregnant women, characterized as pain in the lower back, which are multifactorial disorders, and that is a lifestyle interference in these morbidities. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: A gestação é caracterizada por adaptações físicas e fisiológicas podendo originar morbidades (considerada pelos desconfortos musculoesqueléticos, afeções respiratórias, hipertensão e diabetes) e influenciar nas atividades de vida diária. Objetivo: Verificar a prevalência de desconforto musculoesquelético e sua associação com hábitos de vida em gestantes. Métodos: Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sagrado Coração (Parecer 1.079.211), com 245 mulheres no segundo e terceiro trimestres de gestação, de 2010 a 2015. Aplicou-se um questionário com dados sociodemográficos (nome, idade, raça, estado civil, ocupação, escolaridade e renda), obstétricos (idade gestacional e via de parto), sintomas de desconforto musculoesquelético (ocorrência, tipo, local, intensidade e duração) e estilo de vida (tabagismo, etilismo e atividade física). Foi realizada análise estatística descritiva com frequências absoluta e relativa. As associações entre a prevalência de desconfortos, as variáveis demográficas, socioeconômicas e dos desconfortos foram realizadas por meio do teste do qui-quadrado (nível de 5% de significância). Resultados: Observaram- -se médias de idade (25,4 ± 6,6 anos) e idade gestacional (24,5 ± 9,4 semanas). A maioria das gestantes eram de cor branca (46,9%), em união estável (57,1%), com escolaridade de até oito anos (51,0%), desenvolvendo atividades no lar (62%), renda de até 1,18 salários mínimos (49,4%), primigestas (43,3%), praticavam atividades físicas antes da gestação (51,4%), sedentárias durante a gravidez (75,1%) e tabagistas (13,5%). Foram relatados sintomas de desconfortos musculoesqueléticos em 86,1% delas, caraterizados como dor (49,4%), na região lombar (51,4%), com frequência diária (47,4%), durante o dia inteiro (32,2%). Houve associação entre o desconforto musculoesquelético com o etilismo (p= 0,035) e com atividade física antes da gestação (p= 0,043). Como também associação entre a presença de problemas respiratórios com o tabagismo (p= 0,000) e a presença de doenças com o uso de medicamentos (p= 0,000). Conclusão: Os achados permitem concluir que o desconforto musculoesquelético foi relatado na maioria das gestantes, caracterizados como dores na região lombar, que são disfunções multifatoriais e que há interferência do estilo de vida sobre tais morbidades. [ABSTRACT FROM AUTHOR]