نبذة مختصرة : Trabalho Complementar apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de licenciada em Ciências da Nutrição
نبذة مختصرة : Introdução: Nos últimos anos tem sido observado um aumento de interesse por parte das comunidades científicas pelos ácidos gordos polinsaturados (PUFAs), especialmente pelos ácidos gordos ómega-3, designadamente, os ácidos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) encontrados em peixes e em óleo de peixe. Este interesse está fortemente relacionado com os possíveis efeitos que estes exercem no controlo e na prevenção de doenças cardiovasculares (DCV). As evidências de que ingestões adequadas de fontes alimentares que contenham estes ácidos gordos (AG) ou a sua suplementação, têm sido numerosas em relação aos efeitos cardioprotetores, demonstrando uma relação inversa com a prevalência de doenças cardiovasculares. A fonte alimentar mais rica em ácidos gordos polinsaturados n-3 de cadeia longa são os peixes gordos e a necessidade do seu consumo deve ser melhor divulgada e também promovida junto da população. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica de estudos observacionais ou intervencionais e de artigos de revisão e/ou atualização que estabelecem relações entre os efeitos dos ácidos gordos polinsaturados nas doenças cardiovasculares. Métodos: A revisão da literatura foi feita através das bases de dados Pubmed e B-on e através do livro “Anatomia & Fisiologia” no período de tempo compreendido entre julho e setembro de 2015. Resultados: O aporte de 500 mg/dia dos ácidos eicosapentanóico (EPA) e docosahexanóico (DHA) leva a efeitos benéficos para o organismo humano, nomeadamente, ao nível das doenças cardiovasculares. A razão n-6/n-3 deve ser, preferencialmente, de 5:1 a 10:1. Como são ácidos essenciais, ou seja, ácidos que o ser humano não tem a capacidade metabólica de sintetizar, devem ser ingeridos através da alimentação. Os ácidos gordos n-3 produzem metabolitos anti-inflamatórios (eicosanoides) que levam à diminuição da pressão arterial, à diminuição do teor de triglicerídeos, à prevenção da agregação plaquetária, à diminuição do risco de tromboses, à prevenção de arritmias e à diminuição do risco de enfarte do miocárdio e de morte súbita. Conclusões: O consumo de ácidos gordos polinsaturados n-3 está relacionado com a diminuição do risco de doenças cardiovasculares e, consequentemente, com a diminuição do risco de morte por estas patologias. Os peixes gordos e os óleos de peixe são uma excelente fonte deste tipo de ácidos e são o alimento de excelência associado à prevenção destes problemas. Para que o aparecimento destas patologias seja evitado, recomenda-se o aporte de 500 mg/dia de EPA e DHA, sendo este valor facilmente atingido com o consumo de duas refeições de peixe por semana. No entanto, nos últimos anos têm surgido estudos que documentam um modesto benefício dos AG n-3 na prevenção de eventos cardíacos, enfarte do miocárdio, morte súbita cardíaca e morte por todas as causas em amostras de populações distintas. Não obstante, a suplementação de AG n-3, em indivíduos com historial de DCV, atua na diminuição do risco de enfarte do miocárdio e no risco de morte súbita cardíaca.
Introduction: Most recently, there has been an increase interest from the scientific community in polyunsaturated fatty acids (PUFAs), especially the n-3 fatty acids eicosapentaenoic acid (EPA) and docosahexaenoic acid (DHA) found in fish and fish oil. This interest is strongly related to the possible effects on the control and prevention of cardiovascular disease (CVD). The evidence that adequate intakes of dietary sources of fatty acids (FA) or its supplementation, have been numerous in relation to the cardioprotective effects, demonstrating an inverse relationship with the prevalence of cardiovascular disease. The richest dietary source of n-3 polyunsaturated fatty acids are fatty fish and its consumption should be better publicized and also promoted among the population. Objective: A literature review of observational or interventional studies and review and original articles that establish relations between the effects of polyunsaturated fatty acids and cardiovascular diseases was conducted. Methods: The literature review was performed using the databases PubMed and B-on and through the book "Anatomy & Physiology" in the time period between July and September 2015. Results: The ingestion of 500 mg/day of eicosapentaenoic acid (EPA) and docosahexaenoic (DHA) leads to beneficial effects, particularly in cardiovascular diseases. The ratio n-6/n-3 should preferably be from 5: 1 to 10: 1. As is an essential fatty acids, ie, fatty acids that humans must ingest through the diet because cannot synthesize them. The n-3 fatty acids produce anti-inflammatory metabolites (eicosanoids) that lead to low blood pressure, decreased triglyceride content, prevention of platelet aggregation, reduced risk of thrombosis, prevention of arrhythmias and reduced risk of myocardial infarction and sudden death. Conclusion: The consumption of n-3 polyunsaturated fatty acids is associated with a decreased risk of cardiovascular diseases and, consequently, with a reduced risk of death due to these diseases. Fatty fish and fish oils are an excellent source of such acids and are the food of excellence associated with the prevention of these diseases. To avoid these disorders, it is recommended a supply 500 mg/day of EPA and DHA that is readily achieved with the consumption of two fish meals per week. However, in recent years there have been studies documenting a modest benefit of n-3 FA in the prevention of cardiac events, myocardial infarction, sudden cardiac death and death from all causes in different population samples. However, supplementation with n-3 FA in individuals with a history of CVD, acts on reducing the risk of myocardial infarction and the risk of sudden cardiac death.
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