Uma análise das práticas e movimentos epistêmicos desenvolvidos em torno de um experimento físico sobre dilatação térmica em ambiente virtual

Tendo em vista a mudança de sujeito epistêmico que se associa a uma percepção sociocultural de ensino e aprendizagem, este trabalho apresenta a análise de uma aula, correspondente a um dos encontros, de uma Sequência de Ensino Investigativa (SEI) sobre dilatação térmica, buscando caracterizar as práticas epistêmicas desenvolvidas pelos alunos, bem como os movimentos epistêmicos desenvolvidos pelo professor, em uma sala de aula virtual de Física do 2º ano do Ensino Médio. Os dados foram obtidos por meio de gravações em vídeo e analisados por meio de categorias dispostas na literatura e de outras elaboradas a posteriori, contando ainda com um software para a obtenção dos percentuais de tempo referentes ao emprego de cada categoria. Os resultados mostram o investimento do professor nos movimentos de elaboração-aprofundamento e reelaboração, a fim de convergir as ideias dos alunos àquelas cientificamente aceitas, ao longo das interações. As práticas epistêmicas predominantes situaram-se na instância social de comunicação do conhecimento, o que, dentre outros aspectos, associa-se à configuração das atividades no formato virtual.