نبذة مختصرة : Objetivo: Avaliar os resultados de descontinuação do medicamento Imatinibe em pacientes com Leucemia Mieloide Crônica (LMC) em um hospital público de referência em onco-hematologia. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo por análise de prontuários de pacientes do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, São Paulo, em uso de Imatinibe, com resposta clínica, hematológica e molecular (RM) completa de 4 ou superior, sustentada por no mínimo 2 anos. Resultados: Foram analisados 13 casos de pacientes que foram submetidos à descontinuação, sendo 61,54% homens. A mediana de tempo de uso de Imatinibe foi de 12,7 anos e a mediana de tempo de duração de resposta profunda foi de 6,3 anos. 23,1% (três pacientes) tiveram perda de RM maior (RMM) após interrupção, com recaída em mediana de tempo de 3,6 meses. Foi observado que não houve relação entre a resposta prévia e a falha. Após recaída, foi novamente prescrito medicamento Imatinibe, de forma que todos atingiram novamente RMM e com manutenção de resposta. Discussão: Em LMC, Sobrevida livre de tratamento (SLT) tem se apresentado como uma nova meta a ser alcançada em termos de saúde pública. Da amostra de 13 pacientes, todos apresentavam no momento da interrupção RMM, tal qual os estudos fundamentais, inclusive 12 deles com RM 5 ou superior, em mediana de tempo de 6,3 anos, com tempo mediano de uso de Imatinibe de 12,7 anos, o que também cumpre os critérios dos guidelines. A literatura aponta “Treatment Free Remission” (TFR) de 38% e de 50%, enquanto no estudo atual obtivemos TFR em 76,9% dos casos, apesar de uma amostra pequena. Conclusão: A descontinuidade do Imatinibe mostrou-se, em nosso serviço, factível e com resultados positivos, em pacientes selecionados. Uma pequena parcela da amostra necessitou reiniciar uso da medicação e, quando se fez necessário, foi reiniciado o medicamento de mesma classe, o Imatinibe, mesma dose, alcançando novamente RMM em todos os pacientes recaídos. Observa-se que a suspensão culmina em redução de efeitos colaterais, melhorando a qualidade de vida dos pacientes, além de economicamente favorável em termos de gastos públicos, uma importante oportunidade sob a perspetiva do Sistema Único de Saúde em flexibilizar novos investimentos tecnológicos ou ampliação de acesso.
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