نبذة مختصرة : Nos últimos anos, representantes de muitos povos originários têm surgido no cenário acadêmico das universidades brasileiras após muita luta, aliada a uma certa mudança na direção das práticas do estado, em termos de direito e acesso a políticas. Mas essa presença nas universidades, antes restrita aos indígenas, hoje chama atenção e provoca perguntas acerca dos mesmos e como as disciplinas que frequentam continuarão. Este é o caso nos inúmeros programas de diferentes disciplinas, entre os quais os de antropologia, em todo o país. E como se tem encarado esse processo é ao mesmo tempo similar entre todos no que diz respeito a questões históricas e políticas em geral, com imagens que a sociedade dominante tem dos indígenas e o tipo de estruturas das instituições, porém variável para certos grupos ou indivíduos devido às suas regiões, com o seu tempo e as formas específicas de contato. Assim, vindos de um mundo transformado pelo processo colonial, e sabedores disso, estes atores pretendem “indigenizar” os espaços e, à medida que criticam as relações de espólio e opressão pela sociedade ocidental, os contrapõem aos seus conhecimentos e também se apropriam dos instrumentos da disciplina, de maneira política e intelectual, enquanto interação e debate com o universo não indígena. Então a universidade é tomada como um palco muito propício a esta causa, pois nela parecem estar os possíveis ouvintes e interessados nas outras formas de estar no mundo.
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