نبذة مختصرة : Este artigo trata da descrição de uma embarcação do patrimônio marítimo naval brasileiro, existente no município de Paracuru, litoral do Estado do Ceará, conhecida como “Jangada de Raiz” ou “Jangada de Timbaúba”. O trabalho consistiu em pesquisa historiográfica e imagética, com descrição de fases construtivas e períodos cronológicos de utilização, bem como de entrevistas não estruturadas com pescadores. Os resultados apontaram para a utilização de raízes de Timbaúba, além de outras madeiras, sem a necessidade de acessórios metálicos para pregadura. O curto período de vida útil e as novas tecnologias no século XX para embarcações desse tipo contribuíram para o seu desaparecimento e suas técnicas construtivas ficaram apenas na memória e na oralidade de antigos pescadores.MEMORY AND PRESERVATION OF MARITIME ARCHAEOLOGICAL HERITAGE: The Timbaúba Root Raft of Ceará, BrazilABSTRACTThis article deals with a raft description of the Brazilian naval maritime heritage, existing in the municipality of Paracuru, coast of Ceará State, known as "Jangada de Raiz" or "Jangada de Timbaúba". The work consisted of historiographic and imagery research, with description of constructive phases and chronological periods of use, as well as unstructured interviews with fishermen. The results pointed to the use of Timbaúba roots, in addition to other woods, without the need of metallic accessories for nailing. The short useful life and new technologies in the 20th century for such boats contributed to its disappearance and its constructive techniques were only in the memory and orality of former fishermen.Keywords: Archaeological Maritime Heritage; Cearenses boats; Timbaúba Raft
Relation: https://periodicos.ufpe.br/revistas/clioarqueologica/article/view/257227/43544; AMARAL, M. P. V; SOUZA, C. C. R; LEITE, M. N.; LINS JÚNIOR, H. M. M. O Rebocador Florida (1908-1917): o nascimento de um sítio arqueológico subaquático no litoral Pernambucano com cara de museu. Navigator: subsídios para a história marítima do Brasil. V. 14, no 27, Rio de Janeiro, p. 145-156 2018.; BOXER, C. R. Os holandeses no Brasil 1624-1654. Edições da Companhia Editora Nacional, Coleção Brasiliana, volume 312.São Paulo, 1961.; BRAGA, M. S. C. Embarcações a vela do litoral do Estado do Ceará: construção, construtores, navegação e aspectos costeiros. Tese (Doutorado em Ciências Marinhas Tropicais). Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013.; BRANDÃO, A. F. Diálogos das grandezas do Brasil. Escrito originalmente entre 1590 a 1618. Livro Digital nº 297 - 2ª Edição - São Paulo, 2019.; CAMARA, A. A. Ensaio sobre as construcçõesnavaes indígenas no Brasil. Edições Museu Nacional do Mar, Tipografia G. Leuzinger.Rio de Janeiro,1888.; CAMINHA, P. V. Carta a El Rei D. Manuel, Dominus. São Paulo, 1963. Disponível em Acesso em: 06 de jun. de 2020.; CASCUDO, L. C. Jangada: uma pesquisa etnográfica. Rio de Janeiro: Letras e Artes, 1964.; CHERQUES, S. Dicionário do Mar. Globo,Rio de Janeiro, 1999.; FOGAÇA, E. A jangada de raiz. Edson José Alves Fogaça.Brasília, 2012.; ______. Jangada de raiz. Vídeo documentário. cor, digital, 25min, DF, 2012.; GANDAVO, P. M. Tratado da Terra do Brasil: história da província de Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos Brasil. Senado Federal,Brasília, 2008.; GOES, D. Chronica do Felicissimo Rei Dom Emanuel composta per Damiam de Goes. Lisboa: Casa de Francisco Côrrea, 1566. Disponível em: Acesso em: 06 de jun. de 2020.; HALBWACHS, M. A memória coletiva. Vértice,São Paulo, 1990.; JUNQUEIRA, E. Embarcações Brasileiras. Arte Ensaio, Rio de Janeiro, 2003.; KESSEL, Z. Memória e memória coletiva. Disponível em: . Acessado em 11 de junho de 2020.; KOSTER, H. Viagens ao Nordeste do Brasil. Coleção Brasiliana, Companhia Editora Nacional, v. 221, Recife, 1942.; LORENZI, H. Árvores brasileiras. Manual de Identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992.; LÉRY, J.Viagem à Terra do Brasil. Biblioteca do Exército – Editora. Traduzido por Sérgio Milliet, 1961.; NIEUHOF, J. Memorável viagem marítima e terrestre ao Brasil. Livraria Martins. Biblioteca Histórica Brasileira, Tomo IX, Obra original publicada em 31 de dezembro de 1682. São Paulo, 1966.; OLIVEIRA, D. L. Os lugares de memórias e a carta arqueológica do município de Brejo Santo, Estado do Ceará, Brasil. Monografia de Conclusão de Curso (Graduação em Arqueologia e Preservação Patrimonial) - Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus Serra da Capivara, São Raimundo Nonato-PI, 2018.; PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais Pernambucanos. 2ª ed. Fundarpe, Recife,1983.; SALGADO, S. R. Glossário luso-asiático. Imprensa da Universidade,Coimbra, 1919.; SANTOS, J. 1622 Tomo 2. Ethiopia Oriental / por Fr. João dos Santos. Lisboa: Mello d' Azevedo editor, 1891. - 2 v.; 18 cm. (Bibliotheca de ClassicosPortuguezes).; SANTOS, C.; SANTOS, R. H. A pesca no mar de Almofala e no rio Aracatimirim: histórias dos pescadores Tremembé. Organizador: José Mendes Fonteles Filho. Imprensa Universitária, Fortaleza, 2014.; SOUZA, G. S. Tratado descritivo do Brasil em 1587. (Org. Luciani, F T). Ed.Hedra, São Paulo, 2010.; STADEN, H. Viagem ao Brasil.Ed.Officina Industrial Graphica, Rio de Janeiro:, 1930.; VIANA, A. R. G. Vocabulário ortográfico e remissivo da língua portuguesa com cerca de 10.000 vocábulos, conforme a ortografia oficial. Aillaud, Paris, 1914.; VITERBO, J. S. R. Palavras, termos e frases que em Portugal antigamente se usaram e que hoje se ignoram: obra indispensável para entender sem erro os documentos mais raros e preciosos que entre nós se conservam. Academia Real das Sciencias de Lisboa: Editora A. J. Fernandes Lopes, segunda edição. Lisboa, 1865.; https://periodicos.ufpe.br/revistas/clioarqueologica/article/view/257227
No Comments.