O efeito do uso de aplicações móveis no consumo de alimentos: revisão sistemática

A prática de atividade física e a combinação entre a alimentação saudável e atividade física são estratégias de prevenção das Doenças Crónicas Não Transmissíveis (DCNT) [1,2]. Parece plausível recorrer a aplicações eletrónicas e móveis de saúde para promover a prática de exercício físico e hábitos alimentares saudáveis [3], já que os telemóveis contribuem até 20% para os serviços de saúde tornando os utilizadores tornam-se mais capacitados na gestão da sua saúde já que têm amplas oportunidades de recolha de informação [4]. Objetivo:Esta revisão sistemática pretendeu compreender o efeito do uso de aplicações de saúde (e-&m-Health), bem como das suas características no comportamento alimentar dos usuários. Métodos: Para a pesquisa utilizaram-se os termos “diet”, “nutrition” e “phone app*”. Como critérios de exclusão considerou-se: artigos que apresentassem patologias, não fossem realizados na amostra pretendida, não apresentassem resultados e não fizessem avaliação longitudinal. Já os critérios de inclusão foram: a utilização de aplicações móveis de saúde, relato do consumo de alimentos e a amostra incluir adultos. Dos 942 artigos encontrados, 9 foram incluídos nesta revisão. Resultados: Não foi possível retirar conclusões claras quanto: ao sistema operativo, custo, utilização de incentivos e de receitas culinárias, registo alimentar, peso, IMC ou treinos físicos, mas parece que agregar registo de várias informações é vantajoso. Quando é necessário efetuar log in e quando o método de reporte alimentar é imediato existem melhorias no consumo alimentar (CA) em menos grupos de alimentos. Quando se recorre a recomendações alimentares e a entrevistas de anamnese alimentar retrospetivas ou questionários pré-validados existem melhorias no CA em mais grupos de alimentos. Observa-se um aumento do consumo de frutas e hortícolas em 5 (55.6%) estudos; do consumo de fibra e proteína em 1 (11.1%) e da adesão à dieta mediterrânea em 1 (11.1%) estudo e uma diminuição da ingestão: de bebidas açucaradas em 3 (33.3%) estudos; de ...