نبذة مختصرة : Independente do que seja considerado vida , a distinção entre seres vivos e não vivos se faz presente, historicamente - há milhares de anos, tendo seu início com o filósofo Aristóteles, na Antiguidade - e também nos saberes escolares e cotidianos. A classificação da diversidade biológica, bem como a construção da relação entre humanos e natureza, se não ensinados de forma integrada e contextualizada aos seus aspectos ecológicos, evolutivos e histórico-sócio-culturais, podem ter impacto significativamente negativo na forma de ensinar-aprender Ciências e de enxergar o mundo. Buscou-se, então, identificar as concepções dos estudantes do primeiro e do último ano do ciclo final do Ensino Fundamental acerca dos conceitos de seres vivos e seres não vivos, e das relações entre esses construídas, procurando reconhecer a noção de pertencer a essa rede interdependente que é a natureza. Para tanto, amparando-se nos princípios da pesquisa qualitativa, utilizou-se a metodologia de questionário semiestruturado para a obtenção dos dados e a técnica de análise de conteúdo na interpretação dos resultados. Os estudantes participantes da pesquisa reconhecem elementos vivos e não vivos, além de diversas maneiras de relacioná-los com os ambientes. Entretanto, muitas vezes, observou-se essas relações com vieses antropocêntricos, indicando uma noção de não pertencimento a esse “lugar”. Como alternativa, pode-se planejar ações do campo da Educação Ambiental, concebida como uma potencial ferramenta transformadora no ensino de Ciências, com o intuito de quebrar os paradigmas do ensino tradicional - baseado na fragmentação dos conteúdos. Dessa forma, é possível proporcionar aos estudantes um processo de ensino-aprendizagem das Ciências Naturais contextualizado, e assim contribuir para formação de cidadãos mais conscientes de si e dos outros seres (vivos ou não vivos) com os quais vivem em interdependência no planeta.
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