نبذة مختصرة : A integração das tecnologias digitais na actividade regular de professores e alunos é, sem dúvida, uma grande ambição para a escola do século XXI (Laurillard, 2008), independentemente do tipo de argumentos mobilizados e dos objectivos que os seus diferentes defensores possam ter em mente. É uma tarefa de grande envergadura e exigência, nomeadamente se a meta for fazê‐lo de forma a abranger todos, sem excepção, em particular os que ainda não iniciaram o caminho e, por isso, ainda não conseguem compreender os benefícios e o verdadeiro potencial das tecnologias para a aprendizagem. Se aos mais jovens (aos alunos) é reconhecida grande facilidade na manipulação dos novos recursos tecnológicos hoje disponíveis, já no caso de muitos professores isso parece ainda não acontecer, estando longe de, à forte motivação manifestada quando inquiridos, corresponder um real conhecimento e domínio desses recursos enquanto estratégia de facilitação e potenciação dos processos de aprendizagem. Esta discrepância entre motivação para a utilização das tecnologias digitais nos processos de ensinar e de aprender e a competência necessária para o poderem fazer com confiança e intencionalidade é bastante saliente no caso de Portugal, conforme mostram alguns dos estudos mais recentes realizados no nosso país. É o que pode concluir‐se, por exemplo, do estudo sobre a utilização das TIC por professores, realizado por Jacinta Paiva e publicado em 2002, bem como o estudo de diagnóstico sobre a modernização tecnológica do sistema de ensino em Portugal (GEPE/ME, 2007), mais recente, de onde sobressaem fortes índices motivacionais dos professores relativamente às TIC. Este último estudo acabaria por estar na base da elaboração do Plano Tecnológico da Educação (Portugal).
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