نبذة مختصرة : O cancro da mama constitui a forma de neoplasia mais frequente na mulher, representando um importante problema de Saúde Pública, tanto pela sua incidência como pelos riscos em termos de mortalidade. Neste trabalho focamo-nos no impacto e representação social do processo de doença, com o objetivo de contribuir para a compreensão do fenómeno em causa. Delineámos um estudo centrado na revisão da literatura, com uma abordagem qualitativa recorrendo ao método PICOD. A análise foi feita através de análise de conteúdo. Os resultados sugerem que, relativamente à representação social do cancro, este é encarado tanto pelas mulheres doentes como pelos seus familiares, como uma doença fatalista, ligada ao incurável, traduzida numa morte anunciada. Estas representações potenciavam quadros de ansiedade e depressão, com impactos na qualidade de vida das mulheres, na esfera pessoal, familiar e social, permeando as fases de diagnóstico, de tratamento e de remissão ou sobrevivência. Verificamos ainda uma pluralidade de representações e impactos, mediadores deste fenómeno social, vivenciado de forma única pelos atores envolvidos, numa teia complexa na qual a mobilização de equipas multidisciplinares e de grupos de autoajuda se revestem de primordial importância. A relevância deste estudo emerge do seu contributo potenciador para a compreensão do fenómeno, ensaiando processos cuidativos singulares.
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