نبذة مختصرة : O currículo é tema que a todos interessa. Para além de ser área de estudos e de decisão de política educativa, é ferramenta com que profissionais especializados trabalham no quotidiano das escolas e é assunto que frequentemente é abordado na opinião pública. O que é necessário que as próximas gerações aprendam é, afinal, importante para qualquer um de nós. O currículo corporiza esse conjunto de aprendizagens consideradas socialmente necessárias num dado tempo e contexto, competindo à escola organizar e garantir as referidas aprendizagens (Roldão & Almeida, 2018a). Reconhecer o currículo como socialmente construído implica reconhecer a sua função de caracterizar a escola como instituição com uma missão social específica. Ora, analisar a escola portuguesa através do currículo tem revelado um discurso de aceitação da ideia de escolas com agência curricular que, no entanto, não se concretiza, mantendo‑se a autonomia como miragem (Sousa, 2013), apesar de políticas e medidas variadas para desafiar a tradição centralista e a ausência de autonomia curricular pelos/as professores/as e pelas escolas (Mota, 2021). A mesma hesitação foi registada na experiência de currículo regional nos Açores, onde existiu alguma dinâmica de Autonomia e Flexibilidade Curricular (AFC) antes da implementação das mais recentes políticas curriculares em Portugal (Sousa & Dinis, 2020). Mas estamos em ciclo de alteração do cenário curricular em Portugal, em que escolas e docentes voltam a ser convocados como agentes com o desígnio de criar experiências e contextos educativos culturalmente desafiantes, significativos e influentes, com vista a garantir o sucesso educativo de todos/as e de cada um/a. ; info:eu-repo/semantics/publishedVersion
No Comments.