نبذة مختصرة : O presente artigo tem como objetivo demonstrar que a imigração, tema que divide a sociedade Europeia, está relacionada com um fator objetivo - o valor da massa salarial e a segurança no emprego. As políticas migratórias do lado dos Estados europeus têm respondido prioritariamente à gestão da força de trabalho e não em primeiro lugar – nem principalmente - a causas humanitárias ou de inspiração multicultural. As políticas de incentivo à imigração para reverter a escassez de força de trabalho, para a Europa ser “competitiva” no quadro da concorrência globalizada, longe de responder a chamada “crise demográfica”, constitui a grande “válvula de escape” do modo de acumulação capitalista hoje. Com essas políticas há uma queda real do salário dos trabalhadores, inserindo a concorrência massiva – de dois lados: deslocalização de fábricas e empresas da Europa para fora; deslocalização de trabalhadores da periferia para o centro ou da semi-periferia. Este contexto, embora tenha criado concorrência entre trabalhadores rebaixando o salário de todos à escala mundial, pode ter criado também o seu contrário - o internacionalismo e a solidariedade, como observado na greve protagonizada pelos portuários de Portugal, em contestação às relações laborais precárias.
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