About the musealization of pain: body, narratives and counter-hegemony in Pedras Portuguesas and Brinquedo de Furar Moletom by Jaime Lauriano ; Acerca da musealização da dor: corpo, narrativas e contra-hegemonia em Pedras Portuguesas e Brinquedo de Furar Moletom de Jaime Lauriano

The research presented here deals with the relationships between race, art, museum, heritage and the theme of historical violence, having as object of analysis the three works under the title Pedras Portuguesas and the installation Brinquedo de Furar Moletom by the artist Jaime Lauriano. Establishing an overview of the traditional modes of arts and museums still in force in Brazilian art and culture, recovering ideas about the racialization of individuals and groups in Brazil since its colonization, passing through the narrative power of the body and the experiences mediated by it, Lauriano's works are read as a practical and symbolic counterproductive form in the face of modern Eurocentric hegemony. To do so, it uses the theories of western hegemony in Ernesto Laclau and Boaventura de Sousa Santos, racialization in Silvio Almeida, Aníbal Quijano and Achille Mbembe, the power of the body in the production of knowledge in Maurice Merleau-Ponty and the ideas of the relationship between art and violence/painful themes in Karl Erik Schøllhammer and Thierry De Duve. ; A pesquisa ora apresentada se ocupa das relações entre raça, arte, museu, patrimônio e o tema da violência histórica tendo como objeto de análise as três obras sob o título Pedras Portuguesas e a instalação Brinquedo de Furar Moletom do artista Jaime Lauriano. Estabelecendo um panorama acerca dos modos tradicionais das artes e dos museus ainda em vigor na arte e na cultura brasileiras, recuperando ideias sobre a racialização de indivíduos e grupos no Brasil desde sua colonização, passando pela potência narrativa do corpo e das experiências por ele mediadas, lê-se os trabalhos de Lauriano como uma forma prática e simbólica contraproducente em face da hegemonia moderna eurocentrada. Para tanto, serve-se das teorias de hegemonia ocidental em Ernesto Laclau e Boaventura de Sousa Santos, de racialização em Silvio Almeida, Aníbal Quijano e Achille Mbembe, da potência do corpo na produção do conhecimento em Maurice Merleau-Ponty e das ideias da relação entre ...