Um sensor para avaliar os riscos dos corantes para o DNA

Divulgação científica para a comunidade Universidade Federal de Santa Catarina ; Essa pesquisa parte do princípio que a sociedade busca um estilo de vida cada vez mais saudável. Desta forma, motiva o desenvolvimento de pesquisas, cujo objetivo é produzir tecnologias para a manutenção e monitoramento da saúde, como por exemplo, exames médicos, remédios, vacinas e demais formas de prevenção e tratamento de doenças. Dentro dessa temática, o descarte indevido de produtos químicos é uma grande problemática, trazendo riscos à vida humana e ao meio ambiente. Como exemplo desses materiais temos os corantes, muito presentes em nossa vida, e devido ao seu elevado uso, muitas vezes são descartados de maneira imprópria na natureza. Por conta disso, é importante que esses materiais passem por processos de tratamentos antes de serem descartados. Tais tratamentos têm como objetivo a degradação dos corantes para torná-los menos perigosos. Contudo, novas moléculas podem ser produzidas nesse processo de tratamento, e precisam ser avaliadas quanto a sua segurança, para então serem descartadas. Por esta razão, esta pesquisa buscou desenvolver um sistema capaz de indicar se amostras de corantes (degradados ou não) são capazes de danificar a estrutura do DNA. Isso foi possível baseando os experimentos nos conceitos de oxirredução, que nada mais são que transformações químicas que geram corrente elétrica, um exemplo muito recorrente desse sistema, são os processos que ocorrem dentro de uma pilha. É importante ressaltar, que esse tipo de reação pode ocorrer com uma quantidade inimaginável de substâncias, podendo ser utilizada para detectar até mesmo do próprio DNA. Por fim, unindo os conhecimentos sobre sensores eletroquímicos, com a problemática associada ao tratamento e descarte de corantes, foi possível desenvolver um sistema eficaz para identificar se amostras de corantes, e corantes degradados, interagem com o DNA e dessa forma possam causar algum dano a sua estrutura.