Item request has been placed! ×
Item request cannot be made. ×
loading  Processing Request

Parentesco entre espécies no Nordeste indígena: árvores cosmogenealógicas e metáforas vegetais

Item request has been placed! ×
Item request cannot be made. ×
loading   Processing Request
  • معلومة اضافية
    • Contributors:
      Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN; CAPES; FAPERN
    • بيانات النشر:
      Universidade Federal de Pernambuco (PPGA)
    • الموضوع:
      2021
    • Collection:
      Portal de Periódicos - UFPE (Universidade Federal de Pernambuco)
    • نبذة مختصرة :
      This paper reflects on kinship from Indigenous elements of the Brazilian Northeast, their pragmatic and metaphorical relationships with other strata of the inhabited environment where humans, more-than-hu-mans (the enchanted beings) coexist and where cosmopolitical actions take place. By expanding the anthropological category, in which non-human instances establish meaningful relationships in kinship systems, I explo-re two indigenous cases: the processes of making kin and continuing the Tremembé ethnic group (CE), in relation to the torém ritual and with mocororó, a drink prepared from cashew fruit; and the ethnic and cosmo-political metaphorization of chief Xikão of the Xukuru people of Ororubá (PE), murdered in 1998 and planted so that new warriors could be born. Ultimately, these cases contribute to understanding socio-cosmological and interspecific modes of existence, experiences of territorialities, giving us Indigenous elements to think about alternative ways of life in a period of profound environmental crisis., ; Este texto reflete sobre parentesco a partir de elementos indígenas do Nordeste brasileiro, suas relações pragmáticas e metafóricas com outros estratos do ambiente habitado, onde convivem humanos, mais-que-humanos (os entes encantados) e onde ações cosmopolíticas se realizam. Pela ampliação da categoria antropológica, em que instâncias não-humanas estabelecem relações de significação nos sistemas de parentesco, exploramos dois casos indígenas: os processos de fazer parentes e dar continuidade ao grupo étnico Tremembé (CE), na relação com o ritual do torém e com o mocororó, bebida preparada do caju; e a metaforização étnica e cosmopolítica de cacique Xikão do povo Xukuru do Ororubá (PE), assassinado em 1998 e plantado para que desse nascessem novos guerreiros. No limite, estes casos contribuem para entendermos modos de existência sócio-cosmológicas e interespecíficas, experiências de territorialidades, dando-nos elementos indígenas para pensarmos modos de vida alternativos em um período de crise ...
    • File Description:
      application/pdf
    • Relation:
      https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaanthropologicas/article/view/245144/38590; ALMEIDA, A. et al (ed.). 2012. Nova Cartografia Social dos Povos Tradicionais do Brasil: Xukuru do Ororubá - PE. Manaus: UEA Edições.; ANDRADE, Ugo. 2008. Memória e diferença: os Tumbalalá e as redes de trocas no submédio São Francisco. São Paulo: Humanitas.; AUSTIN, John. 1965. How to do things with words. New York: New York Press.; BARTH, Fredrik. 2000. “Os grupos étnicos e suas fronteiras”. In BARTH, Fredrik: O Guru, o Iniciador e Outras Variações Antropológicas, pp. 25-68. Rio de Janeiro: Contracapa Livraria.; BASTIDE, Roger. 2018. “O princípio de individuação (contribuição a uma filosofia africana)”. Cadernos de Campo, 27(1):220-232.; BATISTA, Mércia. 2005a. Descobrindo e recebendo heranças: as lideranças truká. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.; BATISTA, Mércia. 2005b. “O toré e a ciência Truká”. In GRÜNEWALD, R. (ed.): Toré: regime encantado do índio do Nordeste. Recife: Editora Massangana.; BAUMAN, Richard. 2004. A world of other’s words: cross-cultural perspectives on intertextuality. Malden: Blackwell Publishing.; BESTARD, Joan. 1998. Parentesco y modernidad. Barcelona: Paidós.; BLACK, Alexis D. 2018. “Wor(l)d-Building: Simulation and Metaphor at the Mars Desert Research Station”. Journal of Linguistic Anthropology, 28(2):137-155.; BUBER, Martin. 2001. Eu e Tu. São Paulo: Centauro.; CARDOSO, Thiago. 2018. Paisagens em transe: ecologia da vida e cosmopolítica Pataxó no Monte Pascoal. Brasília: IEB Mil Folhas.; CARVALHO, Maria Rosário. 2011. “De índios ‘misturados’ a índios ‘regimados’”. In CARVALHO, M. R., REESINK, E. & CAVIGNAC, J. (eds.): Negros no mundo dos índios: imagens, reflexos, alteridades, pp. 337-358. Natal: EDUFRN.; CARVALHO, M. & REESINK, E. 2018. “Uma etnologia no Nordeste brasileiro: balanço parcial sobre territorialidades e identificações”. BIB - Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, 87(3):71-104.; CESARINO, Pedro. 2008. “A divergência original: tradução xamanística e tradução etnográfica”. Trabalho apresentado na 26ª Reunião Brasileira de Antropologia, Porto Seguro-BA.; CRUZ, Felipe. 2017. Quando a terra sair: os índios Tuxá de Rodelas e a barragem de Itaparica: memórias do desterro, memórias da resistência. Dissertação de Mestrado. Brasília: UnB.; CUNHA, Manuela. 1998. “Pontos de vista sobre a floresta amazônica: xamanismo e tradução”. Mana, 4(1):7-22.; DANOWSKI, D. & VIVEIROS DE CASTRO, E. 2014. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Desterro [Florianópolis]: Cultura e Barbárie/ Instituto Socioambiental.; DE LA CADENA, M. & PEÑA, J. L. 2014. “Cosmopolítica nos Andes e na Amazônia: como políticas indígenas afetam a política?” Interethnic@ – Revista de Estudos em Relações Interétnicas, 18(1):s/p.; DURAND, Gilbert. 2001. As estruturas antropológicas do imaginário: introdução à arquetipologia geral. São Paulo: Martins Fontes.; DURAZZO, Leandro. 2019. Cosmopolíticas Tuxá: conhecimentos, ritual e educação a partir da autodemarcação de Dzorobabé. Tese de Doutorado. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte.; DURAZZO, L. & VIEIRA, J. G. 2016. “Conhecimentos da mata sagrada, ciência do índio do Nordeste”. Trabalho apresentado no 40º Encontro Anual da ANPOCS, Caxambu-MG.; ESPRIT. 2020. In LAROUSSE, Dictionaire de Français en ligne, s/d. (www.larousse.fr/dictionnaires/francais/esprit; acesso em 10/04/2020).; EVANS-PRITCHARD, E. & FORTES, M. (ed.). 1980 [1940]. Sistemas Políticos Africanos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.; GRÜNEWALD, Rodrigo. 1993. ‘Regime de índio’ e faccionalismo: os Atikum da Serra do Umã. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ.; GRÜNEWALD, Rodrigo. (ed.). 2005. Toré: regime encantado do índio do Nordeste. Recife: Editora Massangana.; HARAWAY, Donna. 2016. “Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes”. ClimaCom Cultura Científica, 3(5):139-146.; INGOLD, Tim. 2018. “One world anthropology”. HAU: Journal of Ethnographic Theory, 8(1-2):158–171.; LATOUR, Bruno. 2020. Diante de Gaia: Oito conferências sobre a natureza no Antropoceno. São Paulo/ Rio de Janeiro: UBU/Ateliê de Humanidades Editorial.; LEACH, Edmund. 1966. “Ritualization in man in relation to conceptual and social development”. Philosophical Transactions of the Royal Society, 251:247-526.; LEENHARDT, Maurice. 1947. Do Kamo. La personne et le mythe dans le monde mélanésien. Paris: Gallimard.; LÉO NETO, N. & GRÜNEWALD, R. 2012. “‘Lá no meu reinado eu só como é mel’: dinâmica cosmológica entre os índios Atikum, PE”. Tellus, 12(22):49-80.; LÉVI-STRAUSS, Claude. 1976. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis/ São Paulo: Vozes/ EDUSP.; MESSEDER, Marcos. 2012. “Etnicidade e ritual tremembé: construção da memória e lógica cultura”. Revista de Ciências Sociais, 43(2):32-42.; NASCIMENTO, Marco. 1994. O tronco da jurema. Ritual e etnicidade entre os povos indígenas do Nordeste: o caso Kiriri. Dissertação de Mestrado. Salvador: Universidade Federal da Bahia.; NEVES, Rita de Cássia. 2005. Dramas e performances: o processo de reelaboração étnica Xukuru nos rituais, festas e conflitos. Tese de Doutorado. Florianópolis: UFSC.; PACHECO DE OLIVEIRA, João (ed.). 1999. A viagem da volta: etnicidade, política e reelaboração cultural no Nordeste indígena. Rio de Janeiro: Contra Capa.; PALITOT, Estevão. 2003. Tamain chamou nosso Cacique: a morte do cacique Xicão e a (re)construção da identidade entre os Xukuru do Ororubá. Trabalho de Conclusão de Curso. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba.; POMPA, Cristina. 2003. Religião como tradução: missionários, Tupi e Tapuia no Brasil colonial. Bauru: Edusc.; RODRIGUES DE SOUZA, Edimilson. 2016. “Donos da luta: sacralização de lideranças camponesas e indígenas assassinadas em áreas de conflito fundiário”. In FONSECA, C. et al (ed.): Antropologia e direitos humanos, pp. 197-244. Rio de Janeiro: Mórula.; SAHLINS, Marshall. 2012. What kinship is-and is not. Chicago: The University of Chicago Press.; SAMPAIO-SILVA, Orlando. 1997. Tuxá: índios do Nordeste. São Paulo: Annablume.; SANTOS, Hosana O. 2009. Dinâmicas sociais e estratégias territoriais: a organização social Xukuru no processo de Retomada. Dissertação de Mestrado. Recife: Universidade Federal de Pernambuco.; SEVERI, Carlo. 2014. “Transmutating beings: a proposal for an anthropology of thought”. Hau: Journal of Ethnographic Theory, 4(2):41-71.; SPAGNA, Francesco. 2006. “Animali spirituali. Tradizioni native del Canada Subartico”. In FERRI L. & GIANNELLI, L. (eds.): Atti del Convegno Visioni e interpretazioni del Nord. Artico e Subartico, pp. 41-51. Siena: Quaderni del C.I.S.A.I.; SCHNEIDER, David. 1972. “What is kinship all about?”. In REINING, Priscilla (ed.): Kinship Studies in the Morgan Centennial Year, pp. 32-63. Washington: Anthropological Society of Washington, .; SOUZA, Vânia. 1992. As Fronteiras do Ser Xukuru: estratégias e conflitos de um grupo indígena no Nordeste. Dissertação de Mestrado. Recife: UFPE.; STENGERS, Isabelle. 2015. No tempo das catástrofes: resistir à barbárie que se aproxima. São Paulo: Cosac Naify.; STRATHERN, Marilyn. 1988. The Gender of the Gift. Problems with Women and Problems with Society in Melanesia. Los Angeles/ London: University of California Press.; STRATHERN, Marilyn. 1992. After nature: English kinship in the late twentieth century. New York: Cambridge University Press.; TAMBIAH, Stanley. 2017 [1973]. “Form and meaning of magical acts: a point of view”. Hau: Journal of Ethnographic Theory, 7(3):451-473.; TAYLOR, Anne-Christine. 2000. “Le Sexe de la Proie. Répresentation Jivaro du Lien de Parenté”. L’Homme, 154-155:309-334.; TSING, Anna. 2019. Viver nas ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno. Brasília: IEB Mil Folhas.; VALLE, Carlos. 1993. Terra, tradição e etnicidade: um estudo dos Tremembé do Ceará. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.; VALLE, Carlos. 2004. “Experiência e semântica entre os Tremembé do Ceará”. In PACHECO DE OLIVEIRA, J. (ed.): A viagem da volta: etnicidade, política e reelaboração cultural no Nordeste indígena, pp. 281-341. Rio de Janeiro: Contra Capa.; VERAS, A. & ATHIAS, R. 2020. Zika, “Chikungunya, Ventos e Encantados entre os Pankararu de Pernambuco”. In SCOTT, P., LIRA, L. & MATOS, S. (eds.): Práticas sociais no Epicentro da Epidemia do Zika, pp. 229-251. Recife: UFPE.; VIEIRA, J., AMOROSO, M. & VIEGAS, S. 2015. “Apresentação: Dossiê Transformações das Territorialidades Ameríndias nas Terras Baixas (Brasil)”. Revista de Antropologia, 58(1):9-29.; WAGNER, Roy. 2018. The Logic of Invention. Chicago: Hau Books.; https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaanthropologicas/article/view/245144
    • الرقم المعرف:
      10.51359/2525-5223.2021.245144
    • Rights:
      Direitos autorais 2021 Leandro Durazzo ; https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
    • الرقم المعرف:
      edsbas.A0EDAF26