نبذة مختصرة : Quando pensamos na capoeira uma imagem que melhor a representa é a da luta. Luta, originalmente, de resistência contra a violência racial, por sobrevivência social, por afirmação de valores subtraídos e luta violenta de combate: “zum, zum.capoeira mata um”. No entanto, a capoeira é muito mais do que isto. É arte, diversão, vadiagem e, no caso da obra aqui analisada, A herança de mestre Bimba: filosofia e lógicas africanas da capoeira (1997) é uma filosofia em seu aspecto prático/vivencial. Nosso objetivo, portanto, é compreender em que medida esta obra pode ser entendida como uma síntese prático-teórica que aponta para diálogos culturais e inter-religiosos no seio da capoeira regional. Elementos de tradições diversas (oriental e ocidental) interconectam-se na busca de recuperação dos saberes tradicionais da capoeira ao passo que se conectam, criativamente, visando promover mediações interculturais que favorecem o reconhecimento das alteridades. Como marco referência teórico nos apropriaremos nas reflexões de Mikhail Mikháilovitch Bakhtin, especificamente, no que concerne às noções de polifonia, dialogismo e hibridismo intencional.
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