نبذة مختصرة : A Lei Geral de Proteção de Dados entra na história do ordenamento jurídico brasileiro em um momento marcado pelas demandas de uma sociedade complexa, altamente informatizada, envolvida por riscos e incertezas fabricadas pela tomada de decisão de seus atores sociais. Esta nova sociedade se encontra no alvorecer de uma nova revolução industrial caracterizada pelas rápidas transformações tecnológicas que derrubam as fronteiras do mundo físico e do mundo virtual, trazendo promessas de melhores condições de vida, de trabalho e de sustentabilidade ambiental, mas que, ao mesmo tempo, também questiona quais são as barreiras que separam a vida pública da vida privada, põe em dúvida a efetiva necessidade de controle e de vigilância, e compromete de forma irremediável os direitos da pessoa humana. Esta tese apresenta a existência, na Lei Geral de Proteção de Dados, de um regime autônomo de responsabilidade preventiva, independente da responsabilidade civil caráter reparatório-compensatório, mas que coexiste com um regime de responsabilidade civil objetiva especial para a proteção de dados pessoais, e sua aplicação específica na relação de emprego. A ideia matriz que norteia esse estudo é a de que, embora os riscos e a relação de trabalho per se tragam ao empregador a obrigação legal de coletar dados e asseguram o seu legítimo interesse na vigilância de suas atividades, o empregado, pessoa humana, é o centro de proteção do ordenamento jurídico, devendo não só ter sua saúde e segurança garantidas na relação de emprego, mas também a sua personalidade em todas as suas dimensões. Esta pesquisa é bibliográfico-documental, de caráter qualitativo, teórico, e descritivo. O método de abordagem escolhido é o dialético sistêmico. Como método de procedimento, utiliza-se, inicialmente, o histórico comparativo, e, em um segundo momento, o estruturalista, com o objetivo de apresentar uma responsabilidade preventiva inserida no sistema geral de tutela da pessoa humana, tendo como finalidade principal a proteção dos dados pessoais, aplicada ...
No Comments.