A participação das crianças na organização do espaço físico de uma sala de JI - Qual o papel do/a educador/a?

Relatório da Prática Profissional Supervisionada II apresentada à Escola Superior de Educação de Lisboa para obtenção de grau de mestre em Educação Pré-escolar ; O presente relatório foi elaborado no âmbito da Unidade Curricular (UC) de Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), que decorreu numa organização socioeducativa privada, com fins lucrativos, situada no concelho de Lisboa. Este estudo foi produzido enquanto educadora estagiária, sendo que o grupo pertencia à valência de Jardim de Infância (JI) e era constituído por 17 crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 6 anos. A investigação decorreu durante quatro meses, tendo por base uma metodologia de natureza qualitativa, desenvolvendo o método de investigação-ação, com suporte num conjunto de instrumentos e técnicas para a recolha de informação. O presente relatório tem como objetivo analisar e refletir a participação das crianças na organização do espaço físico da sala e qual o papel do/a educador/a nesse processo. Neste sentido, delineei objetivos nos quais baseei o meu processo investigativo: (i) identificar estratégias que o/a educador/a pode implementar para promover a participação das crianças na organização do espaço da sala; (ii) modificar algumas das áreas de exploração ativa da sala com as crianças; e (ii) perceber qual a influência da participação das crianças na organização do espaço da sala, nas escolhas das áreas de exploração ativa. A investigação permitiu perceber que o/a educador/a deve ter em consideração as características do grupo - interesses, vivências, fragilidades e potencialidades - que, posteriormente, as interliga com as suas intencionalidades para a prática, construindo estratégias para a participação. Além disto, o espaço da sala é visto como influenciador de escolhas e de vastas experiências, que promove o desenvolvimento holístico e as aprendizagens das crianças. Partindo do referido e envolvendo as crianças num processo de participação, compreendeu-se que esta potencia as escolhas das áreas de exploração ativa. ...