نبذة مختصرة : Neste trabalho pretende-se concretizar dois objetivos específicos: um, refletir sobre o que é a Arte Pública e quais os processos e interações que lhe estão subjacentes; outro, esboçar um quadro de reflexão sobre o projeto de criação de um espaço público urbano, projeto do Arq.Manuel de Solà-Morales, situado na frente marítima do Parque da Cidade, no âmbito do Programa Polis, da Cidade do Porto, em sintonia com o enquadramento do projeto do Arq. Mestre Carlos Ramos, de 1966, para a Praça de Gonçalves Zarco, destinado à colocação da estátua equestre de D. João VI, e cuja operação poderá constituir um destacado exemplo de Reconversão Urbana em Frentes de Água (waterfronts). O espaço público urbano é, por excelência, um plano de construção e representação identitária, em que as características históricas e sociais de uma cidade estão latentes. Deste modo, a Arte Pública apresenta francas potencialidades de aproximação da população à sua cidade, no sentido em que não somente «mobila» o espaço público como, sobretudo, o pontua e o torna reflexivo desses aspetos históricos e identitários. Assim, o conhecimento dos mecanismos da receção da população a este tipo de Arte é importante, na medida em que permite aferir os aspetos sociais e identitários que presidem à construção do espaço quotidiano, do ponto de vista individual do cidadão, bem como na medida em que a Arte Pública pode ter um papel de destaque na construção de um espaço público consciente da sua história, presente e futuro, e sobretudo dos cidadãos que o constroem simbolicamente. A sequência dos acontecimentos temporais determina a leitura de sociedade em que o passado e o seu produto edificado fazem parte integrante da urbanidade. A Arte Pública faz parte dos espaços públicos tendo igualmente uma dimensão temporal. A cidade é um produto das condições físicas dos lugares e da ação do homem. Segundo um paradigma de democracia em que a promoção de uma cidadania ativa e de uma gestão socialmente consciente do espaço público são elementos-chave, que poderão ...
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