نبذة مختصرة : Apresentamos aqui uma proposta de pesquisa de doutoramento, inserida no Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática – PPGEDUMAT da UFMS e no Grupo História da Educação Matemática em Pesquisa. Buscaremos, a partir das narrativas que permeiam o percurso formativo dos graduandos e mestrandos indígenas, bem como dos professores idealizadores do Programa de Mestrado Indígena - PPGECII - o primeiro do País, traçar compreensões sobre este percurso. Neste movimento importa conhecer, também, a história da fundação da Faculdade Indígena Intercultural - FAINDI. Considerando todo histórico de lutas que a educação escolar indígena passou ao longo da história e observando os constantes desafios para a implementação de políticas públicas eficazes na promoção da educação indígena (ZANFERRARI, 2020), a pesquisa tem como “problemática”: Quais depoimentos circulam entre os estudantes indígenas que os levam a procurar qualificação em nível de Graduação e Pós-Graduação? Quais depoimentos dos idealizadores que os possibilitaram a criação de cursos específicos para estas comunidades? A proposta tem como objetivo investigar, através das entrevistas, o movimento que vai desde a criação da FAINDI até a abertura da primeira turma (2020) do PPGECII da UNEMAT. A fundamentação teórica se inspira no perspectivismo ameríndio segundo Eduardo Viveiros de Castro. Desse modo, é conhecida a ideia de mundo que compreende uma multiplicidade de posições subjetivas, na perspectiva do relativismo. Por exemplo, nas descrições ameríndias que expõe os múltiplos pontos de vista sobre a realidade é tomada como ponto de partida a concepção de que diferentes sujeitos enxergam um mesmo objeto de formas distintas e que todas essas perspectivas são igualmente válidas e verdadeiras. A reflexão proposta por Viveiros de Castro é exatamente o inverso, para ele o perspectivismo ameríndio não supõe uma multiplicidade de representação, ao contrário o pensamento parte do ponto de vista que “todos os seres veem (‘representam’) o mundo da mesma maneira — o que muda é ...
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