نبذة مختصرة : Com base em Nobert Elias, este artigo discute criticamente o processo interdependente entre civilização e descivilização no sistema-mundo colonial-moderno, e, suas relações com os mecanismos de alteridade e semelhança. Nessa interdependência enfatizamos a violência, foram a servidão e a escravidão dos não europeus que geraram possibilidades de organização do trabalho livre na Europa, num processo de longa duração em que as relações de poder manejam não só diferenças de costumes, mas também nas possibilidades de incorporação do autocontrole e do heterocontrole. Com a ajuda de Elias e da crítica decolonial argumentamos que a informalização dos costumes na continuação do processo civilizador, desde as elites até as camadas baixas, tornou o autocontrole disseminado a todos, apesar que, não de forma homogênea nas cidades, possuindo nuances socioambientais, como indicam vivências e relatos de moradores das periferias brasileiras.
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