نبذة مختصرة : Dado o contexto da pandemia da Covid-19, presenciou-se o aprofundamento das expressões da questão social nas regiões mais vulnerabilizadas das grandes cidades brasileiras, a exemplo tem-se Fortaleza e sua Região Metropolitana (RMF) que se tornou a quinta metrópole com maior índice de desigualdade no país (DIÁRIO DO NORDESTE, 2020). Esta realidade tem sido vivenciada, inclusive, nos territórios de duas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) de Fortaleza, Casemiro José de Lima Filho e Virgílio Távora, localizadas respectivamente nos bairros Barra do Ceará e Cristo Redentor. Dentre as expressões vivenciadas, destacam-se: desemprego e dificuldades financeiras enfrentadas por indivíduos e famílias; abuso de álcool e drogas; adoecimento e agravamento de casos em Saúde Mental; negligência de idosos, crianças e adolescentes; impasses quanto ao acesso a benefícios sociais e serviços assistenciais, como cadeira de rodas, órteses e próteses; entre outros. Configurando em fatores determinantes para o processo saúde-doença dos usuários atendidos pelas UAPS, e requisitando intervenções profissionais que, por vezes, as Equipes de Referência não conseguem responder, dada a fragmentação da atenção. Daí a necessidade da retaguarda assistencial e do suporte técnico-pedagógico oferecidos pelo Apoio Matricial dos profissionais da residência multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade e dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) para ampliar a capacidade resolutiva dos problemas de saúde (CUNHA e CAMPOS, 2011). Nesta perspectiva, busca-se apresentar algumas contribuições desenvolvidas pelas assistentes sociais (residente e preceptora de núcleo), em sua atuação profissional, na construção da matricialidade na Atenção Primária à Saúde (APS), a qual se constitui como um conjunto integrado de ações de promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde (BRASIL, 2017), a partir das necessidades de saúde identificadas no ...
No Comments.