نبذة مختصرة : Neste artigo apresenta uma breve revisão histórica das legislações educacionais evidenciando como as regulamentações orientaram os currículos das licenciaturas em matemática no decorrer das últimas décadas. Apresentam-se os quatro momentos históricos, resultados parciais da tese de doutorado que estudou as reformulações nos cursos de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Partindo de uma análise documental, o estudo se propôs a considerar o primeiro como uma etapa de institucionalização dos cursos de licenciatura; o segundo, um momento de ênfase nas discussões pedagógicas e sua inserção nas estruturas curriculares; o terceiro, marcado pela necessidade de articulação entre a teoria e a prática e, por fim, o último, caracterizado pelo direcionamento dos currículos a um processo de superespecialização da formação docente, ou seja, com enfoque nos saberes para a atuação na Educação Básica. Ao contrário de uma formação que valorize a iniciativa e autonomia dos professores dos cursos para tomar decisões e gerir sua prática pedagógica e elaborações dos currículos prescritos, nas regulamentações mais recentes observam-se indicações que contribuem para o enfraquecimento ou apagamento de características essenciais do fazer docente. O resultado dessas indicações, quando somado às condições de precarização do trabalho docente, terão fortes e negativas consequências na atuação dos licenciandos. Na sequência, são apresentados argumentos evidenciando a potência dos contextos locais e de algumas políticas curriculares que, diante das políticas de governo, podem confrontar uma tendência neoliberal que insiste em se instaurar na educação também por meio das regulamentações e contexto de estratégia política. Somada à análise documental são tomadas como referência teórica principal a produção teórica de Stephen Ball e autores da Sociologia da crítica como Boltanski e Thèvenot para compreender as políticas curriculares.
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