نبذة مختصرة : O ser humano tem sido responsável pela extinção de múltiplas espécies, nomeadamente daquelas que, vivendo em ambiente terrestre, apresentam um maior porte. O território português não tem sido excepção a esta tendência, tendo algumas das extinções ocorrido há já alguns séculos, motivadas, por exemplo, pela caça excessiva. Outras, mais recentes, decorrem essencialmente da intervenção humana no território e que se tem pautado pelo aumento da sua fragmentação ecológica e modificação do coberto vegetal. A presente comunicação focaliza a sua atenção no que ocorreu em Portugal com três espécies emblemáticas de mamíferos da Península Ibérica: a cabra-montês (Capra pyrenaica), o urso pardo (Ursus arctus) e o lince Ibérico (Lynx pardinus). A cabra-montês é uma relíquia do último período glaciar. Após o recuo dos gelos, só os cumes serranos mais elevados da península permitiram as condições necessárias para a sua sobrevivência (Caetano e Ferreira, 2003). A subespécie Capra pyrenaica lusitanica existente no Gerês extinguiu-se no final do século XIX. Tentativas para a reintrodução da cabra-montês a partir de uma subespécie existente em Espanha fracassaram. Contudo, a sua reintrodução na Galiza, a partir de um programa iniciado em 1992, revelou-se particularmente eficaz. De facto, segundo estimativas apresentadas por Gama (2008), o número de cabras selvagens existentes em Portugal ou na zona fronteiriça ascendia há três anos a perto de 400 indivíduos. Ainda assim, uma vez que a reintrodução partiu de 18 animais, o perigo resultante da consanguinidade é real, pelo que novas reintroduções são defendidas a fim de assegurar a continuidade da espécie em território português. ; info:eu-repo/semantics/publishedVersion
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