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VIOLÊNCIA FÍSICA E O TRABALHO DA ENFERMAGEM: OCORRÊNCIAS NO AMBIENTE HOSPITALAR. (Portuguese)

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      Introdução: O trabalho no setor hospitalar é de grande complexidade, requerendo extrema atenção. Como todo trabalho realizado por seres humanos, este também é passível de erro, o que no caso dos profissionais da equipe de enfermagem, tal erro está relacionado diretamente com o cuidado ao paciente1, tais eventos adversos podem gerar situações de conflito e estresse, e consequentemente episódios de violência. A Organização Mundial da Saúde (OMS)2, em seu Relatório sobre violência e saúde afirma que a saúde pública tem suas demandas atendidas através das mais diferentes áreas, considerando tanto o individual como o coletivo. Entendendo isso, a OMS conceitua violência de uma forma ampla, abrangendo questões de intenção e poder, atos físicos e/ou não físicos, que possam vir a resultar consequentemente em perda, dispêndio, prejuízo a uma pessoa, grupo ou coletivo, representando ou não risco a vida. Nesse sentido, está sendo realizada uma macropesquisa, com objetivo geral de analisar as implicações da violência no trabalho da enfermagem para a saúde psíquica dos trabalhadores e para a cultura de segurança do paciente. Tendo em vista que o estudo encontra-se em andamento, nesse momento apresentamse dados parciais da pesquisa. Objetivo: Analisar a ocorrência da violência física no trabalho da enfermagem no contexto dos setores hospitalares que prestam assistência clínica direta aos usuários. Metodologia: Trata-se de um estudo multicêntrico com abordagem quantitativa, desenvolvido em quatro hospitais do sul do Brasil, sendo três localizados no Rio Grande do Sul e um em Santa Catarina. Para o levantando dos dados sobre a violência está sendo utilizado o Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector proposto pela OMS, traduzido, adaptado e validado no Brasil3. Foram selecionados para o estudo 198 indivíduos, dos 532 profissionais da enfermagem trabalhando atualmente no hospital do Oeste de SC, de todos os turnos. Como critério de inclusão utilizou-se o tempo de trabalho na área da saúde maior que 12 meses, sendo excluídos os profissionais em licença ou afastamento no período de coleta da pesquisa. Nesse momento são apresentados os dados coletados junto a uma Clínica Cirúrgica Geral; Clínica Cirúrgica em Traumatologia e Ortopedia, Clínica Médica, Neurologia, Oncologia e Emergência, discutindo e problematizando a ocorrência da violência física no trabalho assistencial realizado pela enfermagem nesses locais. A análise de dados será realizada com auxílio do software Statistical Package for the Social Science (SPSS) em versão 18.0, através do qual os dados serão codificados, tabulados e analisados. Antes do inicio da coleta, o projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, aprovado com parecer nº 933.725 e seguiu todos os cuidados éticos para pesquisas envolvendo seres humanos. Resultados: Foram entrevistados 38 indivíduos, trabalhadores dos setores citados anteriormente, deste 81,57% são profissionais do sexo feminino. A média de idade dos sujeitos foi de 34,18 anos, com idade máxima encontrada de 50 anos e mínima de 22 anos, com uma média de filho de 1, 07 por pessoa. Quanto à cor da pele, a maioria considera-se de cor branca (89,47%), com poucos indivíduos (10,53%) declarando-se pardos, não havendo negros ou outros. A maioria dos participantes (55%) possui nível médio de escolaridade, seguido por 36% de nível superior. O restante declarou estar em andamento um curso de graduação. A média de tempo de experiência na área da saúde foi de 8,48 anos, com uma carga horária semanal de trabalho média de 43,42 horas. Ao todo foram entrevistados 13 enfermeiros e 25 técnicos nos setores previamente mencionados, sendo 42,10% trabalhando no período noturno, com um menor representativo no período vespertino (18,42%), e quatro indivíduos trabalham em período diurno (durante manhã e tarde, em horário comercial). Ao serem questionados sobre a assistência realizada e o trabalho diário, 100% relatou ter contato físico frequente com seus pacientes, sendo que destes 57,90% são adultos e idosos e o restante, além dos adultos e idosos, também são assistem cotidianamente crianças e adolescente. Ao questionar sobre os números de funcionários que trabalham junto com os indivíduos durante seu horário de trabalho, foi encontrado uma média de oito funcionários presentes durante o período laboral, com variações de no máximo 20 e no mínimo quatro. Finalizando a identificação sociodemográfica da população, perguntou-se aos profissionais o quanto eles estavam preocupados com a violência nos seus respectivos locais de trabalho, considerando uma escala de 1 a 5, sendo 1 nem um pouco preocupado e 5 muito preocupado. Analisando os cenários em conjunto, 34,21% estão muito preocupados e outros 13,15% nem um pouco preocupados. O setor com mais indivíduos preocupados foi a Neurologia, seguido da Emergência. Cabe destacar que 21,05% dos entrevistados declararam ter sofrido algum tipo de agressão física nos últimos doze meses, variando de uma a três agressões no período. Em todos os casos a agressão ocorreu vinda de um paciente ou familiar, sem o uso de arma. Em mais de 50% dos casos, a vítima considerou aquela situação típica do local de trabalho. As reações foram das mais diversas, de pedir para o agressor parar, fingir que nada aconteceu, realizar algum registro do evento, relatar para colegas ou chefe a até casos em que não se esboçou reação alguma. Contudo, 75% dos entrevistados afirmou que o incidente não poderia ter sido evitado e em 50% dos casos alguma providencia foi tomada, porém apenas dois indivíduos sinalizaram o responsável pela providencia, sendo em dos casos o enfermeiro. Apesar dos dados acima, quando questionados quanto ao grau de satisfação sobre como o incidente foi resolvido, mais de 85% dos sujeitos estavam muito a totalmente satisfeitos. Na conclusão da entrevista foram indagados se no último ano haviam presenciado situações de violência no local de trabalho e quantas vezes isso ocorreu, ao todo 31,57% responderam positivamente, totalizando 55 situações de violência. Os dados parciais obtidos podem ser relacionados com pesquisa realizada no estado do Rio de Janeiro3 a qual apresentou dados similares, abrangendo toda a equipe de saúde. Nesse estudo a autora menciona que as violências mais comuns são agressão verbal, assédio moral e violência física, normalmente perpetuado por pacientes e familiares. Ainda, verificou-se que, quando analisado o grupo profissional, a equipe de enfermagem é o grupo mais vulnerável à violência no trabalho, ultrapassando 60%. Conclusões e Contribuições para a Enfermagem: os resultados parciais mostram os perigos mascarados na realidade dos serviços de saúde e no trabalho da enfermagem no cenário hospitalar. O que foi obtido até o momento, é apenas o vislumbre de uma rotina permeada pela violência física no trabalho da enfermagem nos cenários investigados, os quais requerem o contato direto com usuários, familiares e outros profissionais. espera-se que com a finalização dos resultados seja possível estabelecer um panorama real dos perigos a que esta classe profissional está exposta, assim como planejar e organizar meios de transformar os dados obtidos em ações que visem diminuir a violência, conscientizar os profissionais sobre como identificar e como agir frente a estes fenômenos no ambiente de trabalho, e ainda tornar o ambiente de trabalho mais seguro e agradável para os enfermeiros. [ABSTRACT FROM AUTHOR]
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