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ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO DE ENFERMAGEM NOS SETORES QUE PRESTAM ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO. (Portuguese)

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  • معلومة اضافية
    • نبذة مختصرة :
      ao se tratar de instituições de saúde, os objetivos do trabalho incluem a promoção, reabilitação e recuperação da saúde e bem-estar dos indivíduos. Contudo, os trabalhadores destes setores merecem atenção, pois o benefício da sociedade em geral depende de sua força de trabalho. Limitações de ordem física são apontadas como as responsáveis pela maior perda de produtividade e por afetar a saúde dos enfermeiros. Características inerentes à assistência a pacientes instáveis, recursos insuficientes e dificuldades de relacionamento interpessoal também representam condições que podem acarretar danos à saúde física e mental destes profissionais1. Além disso, o assédio moral nas organizações de trabalho vem trazendo grandes preocupações, pois este tipo de violência foi identificado como um fenômeno destrutivo do ambiente de trabalho, não só por diminuir a produtividade, mas também favorecendo o absenteísmo, devido aos danos psicológicos que envolvem2. Neste contexto de violência, um trabalhador saudável pode desenvolver distúrbios e fraquezas psíquicas que resultam na incapacidade de produzir o seu melhor, tornando-se desatento, ineficaz e sensível a críticas, comprometendo assim o processo de trabalho2. Objetivo: analisar a ocorrência das situações de intimidação/assédio moral entre profissionais de enfermagem nos cenários do Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, Sala de Recuperação Pós-anestésica e Central de Material e Esterilização. Metodologia: trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem quantitativa, que pretende analisar as implicações da violência na saúde do trabalhador da equipe de enfermagem nos diferentes cenários de atuação. O estudo está passando pela etapa da coleta de dados que teve início no mês de abril de 2015, sendo realizada no campo de trabalho dos profissionais, utilizando-se doSurvey Questionnaire Workplace Violence in Health Sector, proposto pela Organização Mundial da Saúde, Organização Internacional do Trabalho e de Serviços Públicos e Conselho Internacional de Enfermagem3, traduzido e adaptado para a língua portuguesa4. O segundo questionário se constitui pelo Maslach Inventory Burnout (MBI)5que procura identificar aspectos que desencadeiam a Síndrome de Burnout e que estão associados às relações e condições de trabalho. Neste momento, apresentam-se os resultados parciais referente ao cenário hospitalar, envolvendo setores que prestam assistência direta ou indireta ao paciente cirúrgico, sendo estes o Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, Sala de Recuperação Pós-anestésica e Central de Material e Esterilização, problematizando a intimidação/assédio moral. Nestes cenários, 43 profissionais de enfermagem participaram da pesquisa, entre eles enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Constituíram-se como critérios de inclusão ser profissional da equipe de enfermagem e que atuava há mais de seis meses no cenário hospitalar. Foram excluídos os profissionais que estavam em férias ou afastamento do trabalho por qualquer motivo. O estudo foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CAAE: 32263014.50000.5327), e está sendo realizado em outros três hospitais do Sul do Brasil. Além disso, a proposta foi encaminhada às instituições envolvidas, no sentido de formalizar a autorização para o desenvolvimento da mesma. Resultados:participaram da pesquisa sete enfermeiros, 32 técnicos de enfermagem e quatro auxiliares de enfermagem, resultando em um total de 43 profissionais. Deste total, 83,72% são do gênero feminino. A idade média dos entrevistados é de 40,5anos (mínima de 23 anos e máxima de 64 anos). A cor da pele mais comum é branca, em um percentual de 67,44%, seguido da parda (25,58%) e negra (6,98%). O grau de escolaridade mais comum compreende o segundo grau completo, num percentual de 62,79%, seguido do terceiro grau completo (20,93%) e terceiro grau incompleto (16,28%). Os resultados apontam para uma média de 1,4 filhos entre os entrevistados. O tempo médio de experiência na área da saúde foi de 12,9 anos (mínimo de 8 meses e máximo de 34 anos). Dentre os entrevistados 17 atuam no Centro Cirúrgico, nove no Centro Obstétrico, 15 na Central de Material e Esterilização e dois na Sala de Recuperação Pósanestésica. Quanto ao turno de trabalho, 41,86% trabalham no período noturno, 37,21% trabalham no período vespertino e 20,93% no período matutino. Em relação ao aspecto da violência que se pretende apresentar neste momento, observaram-se ocorrências de intimidação/assédio moral entre 13,95% dos entrevistados (n=6), os quais referiram terem sido intimidados, humilhados, desqualificados ou desmoralizados de forma persistente em seu local de trabalho nos últimos 12 meses. Dentre estes, a média de intimidação/assédio moral foi de 3,5 vezes nos últimos 12 meses. Entre os profissionais que sofreram esse tipo de violência, quatro consideram que esta não é uma situação típica em seu local de trabalho, contudo dois participantes consideram como típica. Entre esta amostra, ao se considerar a última vez em que o profissional foi intimidado/agredido moralmente, cinco afirmaram que o agressor foi um profissional médico e um também membro da equipe de enfermagem. Em todos os casos de intimidação/assédio moral ocorreram dentro da instituição de trabalho. Ao se perguntar a reação dos profissionais diante do ocorrido, três relataram que não tiveram nenhuma reação, dois tentaram fingir que nada aconteceu, dois contaram para algum colega de trabalho, três pediram para a pessoa parar, um contou para amigos/ familiares, e apenas uma pessoa registrou o evento. Em relação aos problemas vivenciados pelos profissionais em detrimento da intimidação/assédio moral, dois se sentiram extremamente incomodados por ter memórias, pensamentos ou imagens da agressão repetidas e perturbadoras e, um se sentiu bastante incomodado quanto a estes pensamentos. Mecanismos como manterse alerta, vigilante, de sobreaviso ou constantemente tenso(a) depois do incidente foram utilizados por parte dos sujeitos, e cinco acreditam que o episódio poderia ter sido evitado. Todos os profissionais que sofreram intimidação/assédio moral indicaram que não foi tomada nenhuma providência diante do evento e o agressor não sofreu nenhuma consequência. Ao perguntar se o empregador ou supervisor ofereceu ajuda diante os casos de intimidação ou assédio moral, quatro afirmaram que estes não ofereceram ajuda, um relatou que lhe foi oferecido aconselhamento e um indicou outro tipo de suporte, que se baseou em um diálogo com o agressor. Do total de funcionários intimidados/ assediados moralmente, três não relataram ou falaram sobre o incidente com outras pessoas, por considerar quede qualquer forma não seriam tomadas providências; por não achar importante o ocorrido ou porque ficou com medo das consequências negativas. Conclusão e Contribuições para a Enfermagem: evidenciou-se que na grande maioria dos casos a intimidação/agressão partiu de médicos, sendo que isso foi relatado por cinco do total de seis casos dessa violência entre a população em estudo. Percebe-se que poucos profissionais registram estes casos de violência, sendo que nessa representação apenas um entrevistado o fez. Outra preocupação com os dados encontrados se refere às providências tomadas diante destes eventos, pois em nenhum destes casos foi tomada alguma providência e os agressores não tiveram nenhum tipo de consequência, o que pode levar a continuidade da situação no âmbito de trabalho, bem como banalização deste tipo de violência entre os membros da equipe de enfermagem. Este estudo é considerado relevante para o exercício da enfermagem no âmbito hospitalar, uma vez que se pode identificar a ocorrência da violência contra a equipe de enfermagem, proferidas tanto de pacientes, familiares/cuidadores de paciente, ou pelos próprios colegas de trabalho, bem como a identificação de suas implicações para a saúde do trabalhador e a qualidade da assistência prestada aos pacientes. Assim, com estes resultados pode-se pensar em estratégias para a melhoria da segurança dos profissionais da saúde no âmbito de trabalho, como também para a qualificação da forma de tratamento dos casos de violência, tendo em vista que suas consequências podem afetar negativamente a qualidade da assistência e segurança do paciente no contexto hospitalar. [ABSTRACT FROM AUTHOR]
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