نبذة مختصرة : Além de Ernesto Sábato, outro argentino de literatura intrinsecamente “metafísica” é Júlio Cortázar, cujo romance “Rayuela” comparte com La Casa Verde de Mário Vargas Llosa, e Cien Años de Soledade de Gabriel Garcia Marquez, que analisaremos posteriormente, a grande trilogia dos romances hispano-americanos contemporâneos, segundo a maioria dos críticos. Cortázar é talvez o narrador hispano-americano atual mais conhecido em todo o mundo. Seus contos são tomados como argumento para filmes famosos (Blow up), Rayuela é diariamente discutido e estudado nos diversos centros universitários e objeto de crônicas e citações quase diárias nas colunas especializadas de jornais das capitais americanas, seus livros se constituem em “best-sellers”. De um modo geral, a crítica o aclama e o público o lê, ou ao menos compra seus livros. Pois Cortázar não é um escritor fácil, daí surpreender que esteja tão em moda. Provavelmente muito poucos dos que compram seus livros conseguem lê-los até o final, e menos ainda os entendem em forma total. O mundo narrativo de Cortázar é profundamente complicado, subjetivo e hermético. Nele se faz alarde de uma erudição universal difícil de acompanhar, ironiza-se demasiado (inclusive com o leitor), e utiliza-se uma técnica narrativa que não é fácil de penetrar, e que não pretendemos ter captado totalmente.
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